quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Convívio do BCAÇ.2905

É já no próximo dia 8 de Dezembro, que os camaradas do ex. Batalhão de Caçadores 2905, se vai reunir.

Curiosamente, este ano, coincide com o dia exacto da nossa chegada.

Vamos, como estava combinado, até Chaves e o nosso anfitrião será o Dr. Manuel Pinheiro, que foi alferes na CCS.

O almoço/convívio será no Restaurante O Retornado, no Bairro dos Retornados, pouco antes do Modelo.

É fácil chegar, pois são varias as auto-estradas que nos podem conduzir até lá. De qualquer maneira tomando a A24 e logo depois da saída para Chaves, na Rotunda que nos aparece mais ou menos a 2 quilómetros, tomas a esquerda na direcçaõ da Zona Industrial e logo chegas ao Restaurante O Retornado

Comunica se quiseres ir

O telefone é o seguinte - 933251480 (Júlio) e 932738030 (Pinheiro)
Até lá, um abraço

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Adeus "Bragança"

É sempre doloroso, quando perdemos alguém.

Contudo a dor é muito mais forte e dolorosa quando esse alguém é nosso familiar ou um amigo muito chegado. E amigos que não mais se esquecem, são aqueles que fizemos em circunstâncias extremas como foi a guerra colonial que durante dois longos anos tivemos de enfrentar nas matas e bolanhas da Guiné.

Por isso, custa muito, quando algum destes amigos partem para a eternidade. Primeiro foi o Pinto, de Viseu. Agora chega-me a noticia do falecimento do Bragança. Um problema de saúde levou o nosso amigo, em França, país que escolheu para viver, depois de terminada a guerra. Esta noticia chegou-me via Carlos Taveira, ex. furriel, ele também de Bragança, a quem tinha pedido para o tentar encontrar. É uma má noticia, sei-o bem, mas que tem de ser transmitida aos inúmeros amigos que o Bragança tinha.



Descansa em Paz, querido amigo e que Deus te dê a salvação eterna.





Neste grupo de amigos, reconhecem-se : Pascoal, Fernando, Júlio, Campos,e Piteira (em cima). Ferreira, Feijão, Bragança (de camisa camuflada). O camarada que está de tronco nu que me perdoe, mas não recordo o seu nome (em baixo)

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Guiné - Bissau Abril/Maio de 1996

À hora de jantar, no Hotel 24 de Setembro.Em 1º plano, da esquerda para a direita: Aristoteles, Virgilio, Júlio, Mourão (ligeiramente encoberto com o meu braço) Costa e Silva, Magalhães, Barbosa, Acácio e o irmão do Barbosa, que nos acompanhou nesta visita. Falta o Albuquerque, que estava "atrás" do visor da câmara
Uma visão nocturna do Hotel 24 de Setembro, antigo QG, da nossa tropa, aquando da Guerra Colonial/Libertação

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Cacheu 70/71


Num dia de lazer, na cidade do Cacheu, nas traseiras do cafézinho nosso conhecido e amigo, onde se bebiam uma boas bazukas e se comia bom camarão do Rio Cacheu. Presentes o Grupo dos 5; Nunes, Barbosa, Júlio, Pinto (de Viseu, já falecido) e o ausente Bragança, de chapéu madeirense.


Reconhece-se ainda, o Vila Franca, telegrafista de Vila Franca, o António Mota, do Porto e nunca deu sinal de vida e o ex.alferes Ferreira do 4º Grupo, que tem aparecido em alguns encontros e já me visitou, aqui, em Vizela.


Um abraço para todos e um desejo sincero que o Pinto tenha finalmente encontrado a paz que tanto necessitava. ( a propósito... qualquer dia conto aqui o episódio do Pinto e da célebre carta para o Spínola...)


A duas meninas que se vêm na foto são irmãs e se memória não me falha chamavam-se Maria da Luz e Antonieta. Procurei-as em 1996, quando visitei o Cacheu e fui informado que viviam em Zinguinchor



sábado, 28 de julho de 2007

Guiné - Bissau Abril/Maio de 1996

Algures em Bissau, aquando da nossa visita em 1996
AA lancha Saco Vaz ( em memória do Comandante do PAICG, morto em combate com as NT na estrada entre Teixeira Pinto e Cacheu, em 20 de Abril de 1974) que faz ( fazia?) a travessia em João Landim

sexta-feira, 27 de julho de 2007

No Cacheu


Grupo de amigos, em Novembro de 1971, sentados no Fortim do Cacheu, construído pelos Portugueses no Séc.XV, marcando a chegada de Nuno Tristão.

Reconhece-se o Canário, de Portalegre, à esquerda. Os outros dois (está a ficar fraca a memória...) não recordo os nomes, embora de um deles ter uma vaga ideia de ser Fuzileiro especial e natural de Bragança, como o Avelino André, o Bragança.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Cacheu, 70/71

Os amigos inseparáveis.

Da esquerda para a direita: Nunes, que vive em Alpendurada e que aparece sempre aos convívios e que mantém os laços de amizade desde a recruta; Bragança, de seu verdadeiro Avelino André, que ao que sei está em França, para onde foi logo que regressou da guerra e ainda não consegui abraçar; Alferes Ferreira, que ao fim de quase 30 anos, apareceu finalmente; Pinto, de Viseu, que infelizmente já nos deixou e, finalmente o autor deste espaço.
Falta aqui o Barbosa, para o Grupo dos 5 ficar completo

domingo, 15 de julho de 2007

Guiné-Bissau, 25 anos depois

Grupo que em Abril/Maio de 1996, visitou a Guiné. Aqui, no antigo quartel do B.Caç.2905, em Teixeira Pinto e hoje quartel das Forças Armadas da Guiné-Bissau. A confraternização entre antigos inimigos que se impunha (impõe...) Numa dicoteca/bar, exactamente por debaixo do antigo Pelicano, em Bissau

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Maio de 1996 - 25 anos depois

Monumento de homenagem ao Comandante do PAIGC, Saco Vaz, morto em combate com as NT em 20 de Abril de 1974.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Cacheu, Guiné-Bissau

Maio de 1996.
No Cacheu,todos juntinhos, para a fotografia

domingo, 1 de julho de 2007

No dia de S. Martinho

Saíram já depois da meia-noite.

Na tentativa de ludibriar o IN que sabíamos, espiava os nossos movimentos, o primeiro e terceiro grupo de combate da Companhia de Caçadores 2659, que estava sediada em Cacheu (Guiné) e pertencente ao Batalhão de Caçadores 2905, este com a sua sede em Teixeira Pinto, hoje Canchungo, saíram em direcção a Mata e Bianga, duas tabancas normalmente inofensivas e “amigas”, inflectindo, já no meio da bolanha, para Pjangali, principal objectivo da operação.

Conhecia perfeitamente a zona para onde iam e sabia também o perigo que corriam. Já tinha passado por lá muitas vezes e... sabia que ali havia sempre “porrada”.
A marcha tinha de ser lenta e silenciosa pelo meio do capim a ficar seco, cobrindo as nossas cabeças, com as formigas enormes como baratas a entrarem pelo tronco, pescoço e pernas, por todo o lado por onde pudessem penetrar, dando ferroadas de morte, de modos que, muitas vezes, quando sacudidas de forma enérgica, puxando por elas, ficava a cabeça cravada nos nossos braços e pernas.
A bolanha, ainda não muito seca, era outro obstáculo a ultrapassar. A cada passo as pernas enterravam-se no lodo negro e malcheiroso, com a arma e munições numa rodilha à cabeça, preservando a sua funcionalidade. A ração de combate, único alimento para aquele dia, já tinha ficado nos primeiros metros da bolanha, perdida no lodo por entre milhares de minúsculos caranguejos e outros pequenos bichinhos, repugnantes e viscosos, que subiam por todo o corpo.

A manhã despontava, naquele dia 11 de Novembro de 1970, dia de S. Martinho. Era hora de descansar um pouco, retemperar forças antes de seguir para o objectivo.
Pouca passaria do meio-dia, quando chegaram à clareira que defendia as tabancas de Pjangali.
Rastejando como cobras por entre pequenos tufos de erva, os rapazes do primeiro e terceiro grupo de combate, aproximaram-se lentamente das tabancas. De uma delas, bem no centro da aldeia, saía fumo e umas quantas galinhas debicavam aqui e ali, certeza que ali se encontrava alguém. As ordens tinham sido muito claras e cada um sabia o que tinha a fazer.
Completaram o envolvimento e entraram na aldeia sem que se ouvisse um único tiro.
Cautelosamente, abrigados, com um grupo de homens protegendo a rectaguarda, avançaram até à primeira tabanca e entraram de rompante. Lá dentro, com um ar um tanto surpreendido, um “homem grande”, olhava-os com o medo estampado no olhar.
Vendo que não havia perigo, os homens da companhia avançaram. A principio, cautelosamente, para logo depois descomprimirem. O alvoroço de galinhas e porcos, obrigaram a aparecer crianças, homens e mulheres, estes já velhos, sinal inequívoco que os mais jovens andariam em sortidas com os guerrilheiros.
Apareciam de todos os lados, garantia que, apesar de todas as cautelas tomadas, tinham sido previamente detectados. Foram interrogados pelo comandante da operação e, valendo-se de um dos guias, numa mistura de crioulo, manjaco e balanta, foram sabendo que já há vários dias que ali não parecia ninguém e que eram só aqueles os habitantes da tabanca. Abivacaram mesmo ali e as rações de combate que alguns deles, felizmente, ainda traziam, foram repartidas pelos nativos, enquanto o cabo enfermeiro curava algumas feridas e distribuía “mezinha” entre eles.
Eram horas de regressar e após contacto com a base receberam instruções para seguirem por Mata e Bianga.
Seriam cerca das seis horas da tarde quando os camaradas que ficaram no aquartelamento, os viram a atravessar a pista de aterragem. Pouco depois entravam pela porta que dava para o cemitério da povoação nativa por entre gritos de júbilo e de boas vindas dos que ficaram e que queriam saber como decorrera a operação. Vinham todos... Cansados, mas sorridentes. E, não era para menos. Não era a primeira vez que se ia para aquela zona e, todos sabiam que ali era costume “embrulhar". Além disso, era dia de S. Martinho e, tudo estava preparado para uma grande festa, como era da praxe, em dias marcantes do nosso calendário!
Fiquei por ali um pouco, trocando impressões com o comandante da operação, sabendo como decorrera, quando uma forte explosão nos atirou por terra.
Pensamos que era um ataque ao aquartelamento que, afinal era costume, ao final da tarde, quando gritos lancinantes e uma nuvem de poeira e estilhaços varreram toda a parada. Apercebi-me logo que algo de muito grave tinha acontecido e corri para o abrigo do primeiro grupo de combate. Por entre a poeira, correrias em pânico e muitos gritos (que ainda oiço muitas vezes) vi muitos dos nossos camaradas contorcendo-se por entre gritos de dor, tentando estancar o sangue que lhes saía de várias feridas espalhadas pelo corpo. Num rápido olhar avaliei a situação e vi um deles – o cabo Malheiro – que era o que estava mais perto da entrada, muito ferido. Peguei nele e vi, horrorizado, que as duas pernas, do joelho para baixo, tinham desaparecido. O sangue saía aos borbotões daqueles cotos, com a pele em fiapos, com músculos, veias e artérias como se tivessem sido cortados com uma serra velha. Sangue e mais sangue!!! Tentei manter a serenidade e, com outros camaradas, corremos, gritando para afugentar o pânico, transportando-o, em “cadeirinha” até à enfermaria, onde os enfermeiros se afadigavam, tentando por todos os meios estancar o sangue que se esvaía das feridas abertas. As compressas e ligaduras depressa ficaram ensopadas em sangue, até que se esgotaram.

Peguei nele e vi, horrorizado, que as duas pernas, do joelho para baixo, tinham desaparecido

Pouco depois descobrimos outro ferido grave. Estava num local mais afastado do abrigo. Segurava a barriga com um esgar de medo e dor. Um buraco enorme, onde cabiam dois punhos cerrados, deixava ver parte das suas entranhas. Era horrível!
Entretanto caía a noite no Cacheu (na Guiné, depois das 18 horas é já noite). Os homens do posto de rádio afadigavam-se pedindo por socorro e o capitão gritava para Bissau a chamando a evacuação de dois feridos graves.
Às desculpas de que, de noite, não podia levantar qualquer avião ou helicóptero, por falta de visibilidade, o nosso capitão respondia que iluminava a pista com todas as viaturas do quartel e, assim se fez, mesmo sem se ter a certeza da chegada de socorros.

Naquela guerra era proibido morrer ou ser ferido durante a noite...

Cerca das oito horas da noite, o Primeiro – Cabo Malheiro, morria, esvaído em sangue por falta de assistência (porque os aviões de socorro não podem voar de noite...) não obstante todos os esforços para o manter vivo. Uma onda de raiva e impotência varreu toda a Companhia de Caçadores 2659. Chorava-se pelos cantos e vociferava-se contra os senhores de Bissau que, no conforto do ar condicionado, se estavam marimbando para os camaradas que morriam no mato. O Capitão, no posto de rádio, desalentado, horrorizado pela falta de socorro, gritava com Bissau, dizendo para trazerem, não um, mas vários caixões.
Eram 10 horas da noite quando as viaturas que estavam na pista, com todos os faróis acesos, pondo a pista como se fosse dia, receberam ordens para regressar.

Tinha falecido o outro ferido grave – o saldado Marques – que, por malvadez do destino, se encontrava no local errado. Ele que, embora pertencesse ao primeiro grupo de combate, tinha sido dispensado daquela operação. Ele que deveria regressar à Metrópole dentro de dias. A doença que lhe fora detectada, tinha-o dispensado do serviço. Ele, que já tinha escrito à família, dizendo que se ia embora... Ele, que até já tinha feito o espólio e trajava já à civil!!!
Ninguém dormiu nessa noite. A dor e a raiva eram demasiadas.

Naquela guerra era proibido morrer ou ser ferido durante a noite...

De manhã cedo, a DO começou a sobrevoar o aquartelamento e o Valente, de Vilar de Mouros, com os olhos ainda cheios de lágrimas de raiva, correu para a Breda e disparou vários tiros de desespero contra a avioneta. Eram balas de dor, de raiva, de impotência, de desespero. Chamado à razão, corremos para a pista e, quando a DO aterrou, foi difícil conter a ira de muitos de nós e o piloto foi cuspido, insultado e pontapeado. Felizmente, alguns mais serenos, conseguiram ouvir a voz do nosso Capitão, chamando-os à razão. O piloto de nada sabia. Tinha entrado de serviço naquela manhã.
Mais tarde, já durante o dia, enquanto deambulávamos por ali, soubemos o que se tinha passado.
O Cabo Malheiro – o primeiro a morrer – que era portador da Bazooka, ao entrar no abrigo, colocou - a de encontro à parede com a saída para baixo. A mola que, normalmente, segura a granada estava avariada (como quase tudo naquela guerra...) e a granada caiu no chão, explodindo de seguida. Dos outros feridos graves, só o Mendes, de Riba d’ Ave, é que teve de ser evacuado.

Encontramo-nos uma ou duas vezes por ano. Não tem problemas de maior, depois de andar vários anos à espera que os estilhaços (não sei se já lhe saíram???) lhe saíssem todos. Nunca falamos do que aconteceu.
É duro demais para relembrar...

PS. Alterei os nomes dos dois camaradas mortos. O respeito pelo sofrimento das famílias assim o impõe.

(Publicado no Noticias Magazine –“ Experiências de Guerra”)

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Recordações

Com duas meninas ( se bem me lembram, chamavam-se Maria da Luz e Antonieta), que viviam no Cacheu em 1970
Com o Modesto (de Felgueiras) no telhado do abrigo dos furriéis
Eu e o Barbosa, em dia de limpezas no abrigo
Com o inesquecível amigo Bragança ( Avelino André do Espírito Santo) num bar em Teixeira Pinto, a beber uma "Bazooka"

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Parabéns, Caraça

Em amena cavaqueira, durante o convívio em Évora

Embora atrasados, recebe os meus sinceros parabéns, amigo Caraça

terça-feira, 12 de junho de 2007

Em 1996, um grupo de ex.combatentes do Ex. B.Caç. 2905, visitaram a Guiné.


Foram eles:
Júlio, Costa e Silva e Magalhães, da C. Caç. 2659
Virgilio, Mourão e Barbosa, da C. Caç. 2660
Aristoteles, Albuquerque e Acácio, da C.C.S.

Dessa viagem, algumas fotos... Um Óbus abandonado, à entrada de Bambadinca
Mercado, em Bafatá
Monumento (que já existia em 1970) "Por mares nunca dantes navegados), existente no Cacheu
Junto ao Rio Cacheu

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Amigos III

Recordar amigos é sempre salutar e então, recordar as amizades feitas durante a guerra colonial, é algo últrapassa a compreensão de quem não passou por situações similares O Grupo dos 5 (como era conhecido)mais o Santos "padeiro".
Em cima: Barbosa, Pinto(já falecido) e Santos "padeiro"
Em baixo: Bragança; Nunes, e Júlio
Alguns elementos do 4º Grupo de Combate.
De pé: Fernando, Bragança, Feijão, Júlio, ???, e campos
Em baixo: Pascoal, Ferreira e Piteira
.

domingo, 3 de junho de 2007

Encontro/Convívio da C. CAÇ. 2659

Como estava programado, realizou-se ontem, dia 2 de Junho de 2007, mais um encontro comemorativo do regresso da Guiné, da ex. Companhia de Caçadores 2659, que durante os anos de 1970 e 1971, ali estiveram, na chamada Guerra Colonial.

Estiveram presentes os seguintes ex. camaradas de guerra:

Júlio e Pontes, de Vizela; Machado e Modesto, de Felgueiras; Adriano (ex. capelão) e Borges, de Viseu; Monteiro (cozinheiro), de Entre-os-Rios; Aníbal e Fernando, de Calendário - Famalicão; Costa e Silva (ex. furriel), de Vila do Conde: Ferreira, de Gandra; Barbosa, de Rio Tinto; Belo (condutor), da Maia; Castro, de Amares; Carlos Morais e Taveira (ex. Furriel) de Vinhais - Bragança; Ernesto, de Mafra; Almeida, de Real - PCT; Carneiro, de Guimarães; “Fátima” (Jaime), de Fátima; Fonseca, de Santo Tirso; Rosa (ex. Furriel) de Picão – Gradil; Durão e Ourives, da Baixa da Banheira; Freitas (ex. furriel), de S. Romão do Coronado; Girão, de Coimbra; Cunha (ex. alferes), de S. Mamede de Infesta; Guimarães, de Nine; Freitas, da Travagem; Luís Silveiro (o Luisinho), da Caparica; Nunes, de Alpendurada; Magalhães, do Marco de Canaveses; Mário, de Paredes de Coura; Santos (padeiro) de Pousada de Saramagos e Valentim Martins, da Charneca da Caparica.

Foi um encontro muito agradável, que contou com uma missa saufragando a alma dos que já partiram, no Mosteiro de Santa Quitéria.

Seguiu-se um almoço, muito bem servido e melhor regado, no Restaurante Veleiro, terminando o convívio com uma visita cultural ao Mosteiro Beneditino de Pombeiro e uma visita ao Pão-de-ló de Margaride, ex. libris de Felgueiras.

Também neste encontro ficou combinado que o próximo será em Coimbra e a organização, ficará a cabo do nosso camarada Girão.

Rosa, Luísinho e Durão, a partirem o bolo

No Mosteiro de Pombeiro, durante a visita cultural

Machado e Fátima
...Nunes e Magalhães
Costa e Silva, em primeiro plano
Taveira e o "Vinhais"

O santos "padeiro" à conversa com o Fernando
O "tagarela" do Fonseca
Taveira, Cunha e Freitas
...outro Freitas, este... da Travagem

Martins, da Charneca da Caparica, Girão de Coimbra e Borges, de Viseu

Freitas e Cunha, sorridentes
Cunha, Fonseca, Modesto, Costa e Silva e Taveira
Ourives, Freitas e Barbosa
Ourives e Modesto
Luísinho, Durão e Rosa

domingo, 27 de maio de 2007

Parabéns Mourão

Hoje, Domingo, dia 27 de Maio de 2007, o nossos amigo Mourão, Vitor Manuel Mendes Mourão, dsa C.Caç. 2660, faz 59 anos.

Que este dia se prolongue por muitos e bons anos, são os votos deste teu amigo Júlio

Um abraço de parabéns.
Esta foto foi tirada em Teixeira Pinto, num dia de Maio de 1996, aquando a nossa visita à Guiné, em romagem de saudade.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Amigos II

E depois de recordar o Bragança e o Barbosa, é a vez de outros amigos inseparaveis, com amizades que ainda se mantêm, passados que são 36 anos do nosso regresso.
São eles O Nunes, de meio corpo e braços cruzados sobre o peito, de seu nome completo Manuel da Costa Nunes, ele que era natural de Castelo de Paiva e vove presentemente em Alpendurada, Marco de Canavezes.
O outro é o Lamego, de seu nome Agostinho da Fonseca Gonçalves, natural de Lamego e a viver presentemente no Barreiro

Um abraço aos dois

terça-feira, 22 de maio de 2007

Amigos

É chegada a hora de recordar amigos e estes eram inseparáveis:

O Bragança, de seu nome completo - Avelino André do Espirito Santo e que não vejo (não obstante muitas tentativas) desde que chegamos ou seja há 36 anos.

Barbosa, outro amigo inseparável, que já há algum tempo que não aparece
Um forte abraço cheio de saudades para os dois







domingo, 20 de maio de 2007

Alguns meses depois...

Estávamos já há alguns messes no Cacheu, e a verdade seja dita, salvo algumas sortidas naquilo que chamávamos de "psicola" em Mata e Bianga, e algumas incursões até aos cajueiros logo ali à saída do arame, nada fazia abalar a calmaria que, sabíamos, qualquer dia e muito mais depressa do aquilo que pensávamos, iria acabar. E acabou no dia 20 de Abril desses ano da graça de 1970, aquando do assassinato dos majores do CAOP que, por ordem de Spínola tentavam demover os guerrilheiros do Paigc a continuar a luta armada e a tentar preceder à sua integração nas Forças Armadas Portuguesas, na chamada Operação Chão Manjaco. As conversações corriam normalmente e sob o signo do apaziguamento, só que, a determinada altura e sem que se saiba bem porquê, as coisas alteraram-se e os majores Magalhães Osório, Passos Ramos e Pereira da Silva foram assassinados, Começou enfim, a guerra para a companhia de caçadores que estava no Cacheu. Isto passei eu por tudo, antes porém ainda recordo uma terrível viajem a Bissau, num batelão pilotado por africanos, que durou 26 horas, atravessando um terrível "malagueiro" e um combate feroz para reaver a minha mala pessoal que me tinham surripiado durante a noite. E, só com ameaças ao piloto do batelão é que a mala reapareceu intacta.
Fomos a Bissau nesse batelão, ( e digo fomos porque me acompanhou um soldado que não recordo o nome) entregar os pertences de um Furriel que entretanto tinha falecido, ao delegado do Batalhão em Bissau
.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Recordações

Uma das belas coisas que aconteceram na guerra colonial, foi a amizade criada entre pessoas de diferentes locais, classes, feitios e até gostos ou preferências.
Isso só foi possível porque as agruras passadas naquela terra inóspita, tão bela e fascinante, quanto perigosa e dura, cimentou de forma imorredoira um fraterno amplexo, que perdurará para além de nós.
Resta-nos recordar e contar a história. Não deixemos que outros a inventem.
Nós fomos para a GUERRA obrigados.
Não fomos voluntários e a receber chorudos ordenados...
Para recordar, vou postar algumas fotos, onde estarão alguns de nós... tentarei recordar-me de todos os nomes. Se falhar algum ... perdoem-me mas a memória já não é o que era.

Júlio César Ferreira

Reconheço o Castro, O Durão e o Piteira
Machado, Valente (já falecido) Ferreira, Silva, Barbosa, Belo, e eu (de camisola branca)

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Convívio da C. Caç. 2660

C. CAC. 2660
11° CONVÍVIO

19 de MAIO próximo (sábado) o Restaurante "TIRO AO PRATO", situado no Clube Caça e Pesca de Ovar, 3880 OVAR (Telef. 256591558), receber-nos-á para a realização do nosso convívio anual.

Como vem já sendo habitual, "o Nosso Capitão" (Sr. Coronel, Luciano FerreiraDuarte) vai honrar-nos com a sua presença. Apenas um grande imponderável poderáinviabilizar tal possibilidade.

ITINERÁRIO -Na A/29 sair em OVAR/Norte.
-Abandonar 5 (cinco) rotundas, sempre em frente, direcção
Furadouro/Ovar/S. Jacinto/Torreira/Furadouro.
- Após a 5a rotunda o "campo de tiro" situa-se à direita e após cerca de 500 metros na direcção do Furadouro.
HORAS — A partir das 11,30 horas poderá ser bom para se iniciar o convívio.

EMENTA — Entradas variadas. Sopa de legumes.
Filetes de Pescada c/ salada russa.
Lombinhos de porco c/cogumelos.
Salada de frutas. Vinhos da casa. Águas, sumos e cerveja.
Café e digestivo.

PREÇO - 20,00 Euros (Vinte euros).

Confirma a tua presença até 15/MAIO/2007 (3a feira) para:

Barbosa ........... .Telemóvel 919310457; Telef. 255776571
Virgílio............. " 966007841; Telef/243 332385
Mário Rui.......... " 969044531

Estes eventos apenas se realizarão e terão continuidade, desde que, as presenças assim o justifiquem. Comparece, vem conviver e partilhar lembranças e alegrias.

Um abraço até 19/MAIO/2007.

(Barbosa, Virgílio e Mário Rui)

ATENÇÃO: - Confirma a tua presença.

sábado, 5 de maio de 2007

Chegados ao Cacheu

Chegamos ao Cacheu de noite ( aliás, naquela guerra, era quase tudo feito de noite, até os assaltos aos cabritos e aos galináceos...) e fomos logo para o Quartel, que ficava num pequeno outeiro, com a pista de aviação imediatamente por trás.
Noite escura como breu e que assim se manteve durante cerca de 7 meses, em que a única iluminação que havia, no interior das casernas-abrigo, colocadas em semicírculo protegendo a parada, eram uns candeeiros feitos de garrafas de cerveja, com petróleo e um pavio que ardia toda a noite, para afugentar os mosquitos que teimavam em entrar pelos buraquinhos dos mosquiteiros. Foram 7 longos meses, até que, finalmente o gerador chegou de Bissau onde tinha estado todo este tempo a consertar...